
Foram criadas 40 465 novas empresas até 30 de setembro, mais 2,4% do que no ano passado
Entre o início do ano e 30 de setembro, foram criadas 40 465 novas empresas em Portugal. Este registo representa um crescimento de 2,4% face ao mesmo período do ano passado, estando também acima dos números de 2023, ano em que se bateu o recorde de constituições de empresas no país. No entanto, o crescimento em 2025 tem vindo a perder alguma robustez desde o primeiro trimestre para a data de hoje. Mais de metade dos setores crescem na constituição de empresas, com destaque para as Atividades imobiliárias (+22%; +860 constituições), a Construção (+13%; +607 constituições), os Serviços empresariais (+4,8%; +316 constituições) e a Agricultura e outros recursos naturais (+20%; + 229 constituições). ![]() Construção e imobiliário mantêm grandes crescimentos Estas duas atividades são as que registam quer o maior aumento desde início do ano, quer o maior número de constituições de empresas, refletindo tanto o dinamismo do mercado imobiliário, como a resposta empresarial à crise da habitação. Ainda entre as subidas na criação de novas empresas, destacam-se também os subsetores do Alojamento de curta duração (+42%, +259 constituições), as atividades de Agricultura e Pecuária (+25%, +242 constituições) e o Retalho generalista (+42%, +226 constituições). Entre os setores com recuos na criação de empresas, destacam-se os setores dos Transportes (-30%; -802 constituições), em especial na Grande Lisboa, que continua a abrandar e a impactar fortemente o indicador, o Retalho (-8,5%; -307 constituições), sobretudo no ramo alimentar, e ainda os Serviços gerais (-3,0%; -178 constituições), com destaque para a descida de atividades de Saúde, desporto e bem-estar. Encerramentos de empresas continuam em baixa No acumulado dos últimos 12 meses, desde outubro de 2024 até final de setembro de 2025, encerraram 13 432 empresas em Portugal, um registo 14% abaixo dos 12 meses anteriores (-2 195 encerramentos). A análise no acumulado dos últimos 12 meses minimiza o desfasamento temporal que se verifica entre a data efetiva de dissolução da empresa e a data da respetiva publicação, procurando leituras mais fidedignas de tendências. A descida neste período é transversal a todos os setores de atividade, destacando-se os setores do Alojamento e restauração (-21%, -377 encerramentos), do Retalho (-16%; -350 encerramentos) e dos Serviços Empresariais (-15%, -333 encerramentos). Insolvências descem 5% Metade dos setores de atividade registam descida nas insolvências, mas este recuo foi especialmente concentrado nas Indústrias (-26%; -113 insolvências), nomeadamente na Indústrias de têxtil e moda (-37%; -98 insolvências), que nos últimos dois anos tinha registado aumentos sucessivos. As insolvências desceram também nos setores dos Serviços Gerais (-21%, -25 insolvências) e Construção (-9,8%, -20 insolvências). Do lado das subidas, destacam-se os Serviços empresariais (+32%; 37 insolvências) e os Transportes (+31%; +26 insolvências). NOTAS SOBRE A INFORMA D&B |