junho 2025 Variação referente ao mês homólogo
Nascimentos
02891
-24,1%
Encerramentos
00352
-63,9%
Insolvências
00131
-18,6%

Foram criadas 27 723 empresas no 1º semestre

  • Transportes, Serviços gerais e Retalho com as maiores quedas
  • Atividades imobiliárias têm o maior crescimento
  • Insolvências descem 9,3%

No primeiro semestre de 2025, foram constituídas 27 723 novas empresas em Portugal, o que corresponde a uma descida de 0,6% face ao período homólogo (-180 constituições).

Apesar de ser ligeira, esta descida segue-se a um ano de 2024 em que a criação de empresas já tinha revelado um recuo face ao ano anterior, interrompendo um ciclo de crescimento contínuo entre 2020 e 2023.

Nos primeiros seis meses deste ano, mais de metade dos setores descem na criação de empresas. À semelhança do que ocorre desde 2024, os Transportes mantêm a maior queda (-26%; -686 constituições), nomeadamente nos Transportes terrestres (-29%; -710 constituições), e sobretudo nas ‘atividades de serviços de transporte de passageiros, a pedido, em veículo com condutor’.

Com quedas mais significativas estão também os setores do Retalho e dos Serviços gerais. O Retalho recuou 11% (-288 constituições), com destaque para o retalho alimentar (-36%; -210 constituições). A criação de empresas nos Serviços gerais desceu 6,3% (-136 constituições), sobretudo as atividades relacionadas com saúde, desporto e bem-estar.

As Atividades imobiliárias lideram as subidas na criação de empresas, com um crescimento de 22% face ao período homólogo (+605 constituições), em especial a ‘Compra e venda de bens imobiliários’ (+24%; +377 constituições). Também com crescimentos estão os setores da Construção (+9,6%; +315 constituições), sobretudo a atividade da ‘Construção de edifícios residenciais e não residenciais’ (+12%; +254 constituições), e a Agricultura e outros recursos naturais (+18%; +151 constituições), um crescimento concentrado nos distritos de Braga, Viseu, Portalegre e Beja.

As regiões da Grande Lisboa (-4,6%; -378 constituições) e do Algarve (-9,0%; -159 constituições) registam os maiores recuos na criação de empresas, com o forte contributo da descida nas empresas de Transportes nestas duas regiões. O Norte (a região com o maior número de constituições neste período) e o Oeste e Vale do Tejo têm aumentos de +1,5% (+132 constituições) e +7,5% (+123 constituições), respetivamente. O aumento do número de constituições de empresas no Norte foi muito impulsionado pelo aumento da criação de novas empresas de Atividades imobiliárias na região (+37%; +274 constituições).

Número de encerramentos de empresas continua em baixa

Até final de junho, encerraram 4 991 empresas em todo o país, o que corresponde a uma descida face ao semestre homólogo. No acumulado dos últimos 12 meses, desde julho de 2024 até final de junho de 2025, encerraram 13 683 empresas em Portugal, um registo 13% abaixo dos 12 meses anteriores (-2 000 encerramentos).

A descida neste período foi transversal a todos os setores de atividade, com exceção dos Transportes (+0,5%; +4 encerramentos).

Insolvências descem 9,3% com forte contributo da Indústria de Têxtil e Moda

979 empresas iniciaram um processo de insolvência no primeiro semestre deste ano, o que corresponde a uma descida de 9,3% (-100 insolvências) face ao período homólogo.

A descida ocorre em mais de metade dos setores de atividade, mas mais concentrada no setor das Indústrias (-35%; -108 insolvências), nomeadamente na Indústria de Têxtil e Moda (-48%; -95 insolvências). Este subsetor, que em 2024 registou quase o triplo das insolvências do ano anterior, mostra agora um abrandamento das insolvências. Apesar deste recuo, é na Indústria de Têxtil e Moda que se concentra ainda o maior número de insolvências do semestre.

Ver o Barómetro completo.

NOTAS
Fonte de dados: publicações de atos societários efetuados no portal Citius do Ministério da Justiça até 02 de julho de 2025.
Universo: entidades com sede em Portugal, sob as formas jurídicas de sociedades anónimas, sociedades por quotas, sociedades unipessoais, entidades públicas, associações, cooperativas e outras sociedades (não inclui empresários em nome individual).
Constituições: entidades constituídas no período considerado, com publicação de constituição no portal de atos societários do Ministério da Justiça.
Encerramentos: entidades extintas no período considerado, com publicação de extinção no portal de atos societários do Ministério da Justiça (não são consideradas as extinções com origem em procedimentos administrativos de dissolução).
Insolvências: entidades com processos de insolvência iniciados no período considerado, com publicação no portal Citius do Ministério da Justiça. Esta análise considera apenas os processos de insolvência de pessoas coletivas, não analisa os processos de insolvência de empresários em nome individual, de profissionais liberais ou de particulares.

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