“O marketing tornou-se totalmente dependente da tecnologia”
As equipas de marketing necessitam de ser cada vez mais autónomas a lançar campanhas, publicidade nas plataformas online, interagir nas redes sociais, e para isso precisam de saber os básicos de programação, bases de dados, html, de edição de imagem. Após terminar o curso de Engenharia e Gestão Industrial no Instituto Superior Técnico, começou a sua carreira como management trainee na Jerónimo Martins, onde teve a oportunidade de conhecer toda a estrutura do grupo durante seis meses. Uma vez acabado o estágio, ingressou na equipa do Pingo Doce Online. Porquê a opção profissional pelo marketing? Sempre me entusiasmei por projetos online com grande potencial, por ajudar a estruturar e lançar ideias disruptivas, criar equipas e fazer acontecer. O marketing, numa vertente mais de desenvolvimento de negócio, acabou por ser a área que me permitiu evoluir. Não houve uma decisão inicial de trabalhar em marketing, foi um caminho que aconteceu naturalmente. Que mudanças verificadas no marketing nos últimos tempos merecem destaque? O marketing, como em quase todas as outras áreas, tornou-se totalmente dependente da tecnologia. Hoje em dia tudo acontece online. Um gestor de marketing tem de dominar a tecnologia e ter boas capacidades de análise de dados, de compreender as tendências a olhar para números. Quais os principais desafios que o marketing enfrenta? O grande desafio é a transformação digital de tudo o que se faz, com uma forte tendência para se fazer sem intermediários, porque a rapidez de implementação é cada vez mais uma variável crítica. As equipas de marketing necessitam de ser cada vez mais autónomas a lançar campanhas, publicidade nas plataformas online, interagir nas redes sociais, e para isso precisam de saber os básicos de programação, bases de dados, html, de edição de imagem. Quais as tendências que irão marcar o futuro? Há uma forte tomada de consciência coletiva de que existe uma dependência entre todos, entre todas as pessoas, todos os países, com a natureza, com todo o universo, ou seja, o que fazemos tem sempre um impacto noutro sítio e/ou em alguém. Temos de ser mais humanos, respeitar e cuidar dos mais velhos, dos mais pobres, de todos os que por alguma razão vivem excluídos. Também temos de ser mais sustentáveis, pensar e alterar comportamentos para deixarmos um mundo melhor para as próximas gerações.
Quais as características de um bom marketeer? Dominar e compreender a tecnologia passou a ser essencial, mas o que define um marketeer é e será sempre alguém que compreende o que se passa no mundo, antecipa tendências e induz comportamentos. São sempre pessoas apaixonadas pelo que fazem e que sabem criar emoções, experiências que deixam marca. Qual a campanha que mais prazer lhe deu fazer? Não foi uma campanha, foi um projeto. Foi o lançamento da eInforma em Portugal. Tive uma grande autonomia para definir e implementar. Qual a campanha de que mais gostou, não sua, nacional ou internacional? Mais do que uma campanha, gostava de destacar o posicionamento da Apple. Quase não gastam dinheiro em campanhas, mas alcançaram um enorme sucesso através da excelência do produto, do foco na simplicidade e no utilizador. Qual o conselho para quem começa a trabalhar nesta área? Uma vontade enorme de mudar o mundo, de fazer sonhar. aceder entrevista completa aqui |