Empresas crescem em volume de negócios, empregados e exportações
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Pequenas e médias empresas lideram crescimento no volume de negócios e nas exportações em 2024.
O volume de negócios agregado do tecido empresarial cresceu 3,9% em 2024 face ao ano anterior, totalizando 439 mil milhões de euros. De acordo com a Informa D&B, que analisou as contas de cerca de 332 mil empresas com atividade em 2024 e com contas em 2023, quase todos os indicadores de desempenho cresceram face a 2023. Além do aumento no volume de negócios, o emprego nas empresas cresceu 3,7%, o VAB aumentou 7,1%, representando 40% do PIB1, as exportações aumentaram 1,6% e os gastos com o pessoal 10% face a 2023. PRINCIPAIS INDICADORES DO TECIDO EMPRESARIAL 2024 ![]() De acordo com Teresa Cardoso de Menezes, diretora geral da Informa D&B, ‘o desempenho das empresas é uma das expressões mais relevantes do comportamento da economia e das suas tendências; a sua análise é essencial para as decisões de gestores, empresários e investidores quando procuram identificar riscos e oportunidades de negócio, bem como para decisores de políticas públicas.’ Mais de metade das empresas aumentaram a faturação 54% das empresas viram crescer o seu volume de negócios face a 2023. As pequenas e as médias foram as que alcançaram um crescimento superior, respetivamente com aumentos de 6,4% e 7,5% no volume de negócios. Entre as pequenas, médias e grandes empresas, mais de 60% aumentaram a faturação face ao ano anterior. Entre as microempresas, foi inferior a percentagem de empresas que aumentaram o volume de negócios em 2024. Saúde, atividades ligadas ao imobiliário e turismo têm maior crescimento no volume de negócios Todos os setores registam aumento no volume de negócios, com exceção das Energias e ambiente. Uma análise mais detalhada mostra que os Serviços de saúde, desporto e bem-estar, Angariação, avaliação e mediação imobiliária, Transportes aéreos, Construção de edifícios e Serviços turísticos são as atividades que mais cresceram a faturação em 2024. Pelo contrário, atividades de Têxtil e moda, Indústria automóvel, Grossistas de materiais e Energia elétrica são aquelas com maiores quedas no volume de negócios. ![]() Serviços e mercados extracomunitários fazem crescer as exportações em 1,6% O crescimento do volume de negócios em 2024 foi suportado pelo mercado interno, que aumentou quase o triplo das exportações. Mas, após o recuo de 1,7% que tinham sofrido no ano anterior, as exportações cresceram 1,6% em 2024, com o contributo decisivo dos serviços e dos mercados extracomunitários apesar de representarem apenas 28% e 33% do total de exportações de 2024, respetivamente. Também aqui verifica-se um maior crescimento entre as pequenas e médias empresas, que aumentaram os negócios com o exterior em 3,6% e 5,5%, respetivamente. A nível setorial, as Indústrias continuam a ser o maior setor exportador, mas os maiores aumentos nas exportações foram registados nos Serviços empresariais e nas Tecnologias da informação e comunicação. ![]() Todos os setores aumentaram o emprego e os gastos por empregado Todos os setores viram crescer o emprego em 2024. Os maiores crescimentos foram registados nos setores da Agricultura e outros recursos naturais (+9,5%), Construção (+6,6%), Serviços gerais (+5,4%) e Retalho (+5,2%). Os setores onde maior percentagem de empresas aumentaram o emprego foram a Construção e o Alojamento e restauração, 28% em ambos os casos. Os gastos com pessoal das empresas por cada empregado aumentaram 6,4% em 2024, um valor superior à inflação, ainda que um pouco menos do que em 2023 (+7,9% vs. 2022). Os Serviços gerais (+10%), Alojamento e restauração (+7,2%) e as Atividades imobiliárias (+7,0%) foram aqueles onde os gastos com pessoal por empregado mais aumentaram. Os setores com os maiores gastos com pessoal por empregado são as Tecnologias da informação e comunicação, Energias e ambiente e Transportes. Mais de metade das empresas têm um nível de resiliência financeira elevado ou médio-alto A rentabilidade do tecido empresarial reduziu-se 0,6 pontos percentuais em 2024, sobretudo devido ao aumento da estrutura de custos, uma redução que se verificou sobretudo nas empresas de menor dimensão. Mais de metade das empresas têm um nível de resiliência financeira elevado ou médio-alto, de acordo com este indicador criado pela Informa D&B e que avalia a capacidade de uma empresa enfrentar um choque excecional e não previsto com impacto significativo no seu processo produtivo e comercial. NOTAS SOBRE A INFORMA D&B |


