
Empresas de Crescimento Elevado criaram 127 mil empregos
Portugal tem 2 122 Empresas de Crescimento Elevado (ECE). Este é o maior registo de sempre, acompanhando a expansão do tecido empresarial. A identificação que a Informa D&B realizou destas empresas corresponde ao período que inclui os 3 exercícios entre 2020 e 2023, revelando mais 563 empresas face ao período anterior (2019-2022). ![]() ECE são empresas com 10 ou mais empregados, que registam um crescimento orgânico médio anual de empregados superior a 20% num período de 3 anos. Apesar de corresponderem a uma percentagem reduzida do tecido empresarial (0,5%), funcionam como uma importante força motriz da economia nacional pela rapidez dos seus crescimentos no emprego e volume de negócios. Emprego e faturação das ECE mais do que duplicou A 13ª edição do estudo da Informa D&B ao período mais recente (2020-2023) mostra que as ECE criaram 127 mil empregos, o que corresponde a 25% do novo emprego gerado em todo o tecido empresarial. Em 2023 totalizavam 208 mil empregos, o que significa um crescimento de 158% face a 2020, com um crescimento médio anual de 37%. No mesmo período de 3 anos, o crescimento do emprego no tecido empresarial equivalente (empresas com 10 ou mais empregados em 2020) foi de 10%. As ECE revelam também um crescimento do volume de negócios muito superior ao do tecido empresarial. Entre 2020 e 2023, a faturação destas empresas mais do que duplicou, atingindo um aumento de 131%. O aumento deste indicador no tecido empresarial equivalente foi de 44%. Em 2023, o volume de negócios agregado das ECE atingiu os 20 mil milhões de euros. ![]() Entre as ECE, destacam-se as Empresas Gazela, que são ainda empresas jovens, com 5 ou menos anos de idade quando terminam o período de crescimento elevado. Neste último período, foram identificadas 365 Empresas Gazela, que correspondem a 17% das ECE. Este grupo de empresas registou crescimentos ainda superiores que as ECE, quer no emprego, quer no volume de negócios. No emprego, cresceram 191% entre 2020 e 2023, com um aumento médio anual de 43%, enquanto na faturação conseguiram um crescimento ainda maior de 259% no mesmo período, com um crescimento médio anual de 53%. Segundo Teresa Cardoso de Menezes, diretora geral da Informa D&B, ‘a capacidade de crescimento é um dos desafios mais exigentes no tecido empresarial português; neste contexto, as ECE ganham ainda maior relevo, contribuindo para o crescimento de outras empresas que pertencem as suas cadeias de valor. Exportadoras, inovadoras e com capacidade para reter talento A capacidade de internacionalizar os seus negócios, a atração e retenção de talento, bem como o perfil inovador e a própria visão dos empresários estão na raiz dos elevados desempenhos destas empresas, que são muito superiores à média. 31% das ECE realizam negócios com mercados externos, quase o triplo da média do tecido empresarial. Além disso, são empresas que vivem muito perto dos maiores ecossistemas empresariais, nomeadamente no litoral e sobretudo nas regiões de Lisboa e do Porto. São também empresas com maior capacidade de captação e retenção de talento, registando gastos com pessoal também superiores à média. Existem ECE em todos as atividades, mas 4 setores – Alojamento e restauração, Construção, Serviços empresariais e Indústrias – concentram 64% das ECE do período em análise. O período de crescimento elevado é um fenómeno que, na maior parte dos casos, acontece apenas uma vez na vida das empresas. Mas é um sinal da capacidade de crescimento da empresa: 30% das ECE mudam de escalão de dimensão durante o período de crescimento elevado e, além disso, 44% das atuais grandes empresas foram ECE pelo menos durante um período da sua vida. 59% das ECE são empresas adultas (idade entre 6 e 19 anos), 24% são maduras (mais de 20 anos). Os 17% de empresas jovens (até 5 anos) são, por definição, as Empresas Gazela. SOBRE A INFORMA D&B |