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Novo estudo | Empreendedorismo em Portugal – 4ª edição.

10% das novas empresas exportam no 1º ano de vida: Análise do empreendedorismo na última década aponta para reconfiguração do tecido empresarial

  • Aumento expressivo de novas empresas de cariz tecnológico impulsiona exportações;
  • Mais de 2/3 do aumento das novas empresas assenta em 4 setores: Transportes, Atividades imobiliárias, Tecnologias de informação e comunicação e Construção;
  • Novas empresas são responsáveis por 15% do emprego;
  • Área Metropolitana de Lisboa ultrapassa o norte na criação de empresas;

Leia aqui o sumário executivo deste estudo.

As empresas mais jovens estão a desempenhar um papel cada vez mais relevante na economia. De acordo com análise que a Informa D&B realizou à última década do empreendedorismo (2012-2022), para além da sua importância na criação de emprego e nas exportações, estas empresas estão a levar a cabo uma reconfiguração setorial do tecido empresarial, com destaque para as atividades ligadas ao turismo, imobiliário, construção e novas tecnologias.

Na última década (2012-2022) foram criadas 419 mil empresas em Portugal, um crescimento de 17% face à década anterior, numa evolução que passou das 29 mil empresas criadas em 2012 para mais de 46 mil em 2022.

De acordo com Teresa Cardoso de Menezes, diretora geral da Informa D&B, ‘A criação de novas empresas é um dos reflexos da vitalidade de cada período da história económica do país. Com este estudo do empreendedorismo na última década, quisemos perceber de que modo as novas empresas estão a enriquecer este processo, quer nas suas dinâmicas setoriais, quer na sua capacidade de crescer a nível de negócio e de criação de emprego.’

4 setores são responsáveis por 69% do crescimento das novas empresas

Mais de dois terços (69%) do aumento das novas empresas na última década é da responsabilidade de 4 setores. Transportes, Atividades imobiliárias, Tecnologias de informação e comunicação e Construção.

Os Transportes registam o maior crescimento, com uma taxa anual de crescimento de 16,5%, um crescimento que reside de forma esmagadora na atividade do ‘transporte individual de passageiros em veículo ligeiro’ (TVDE). As atividade da ‘compra e venda’, nas Atividades imobiliárias, e da ‘construção e promoção de edifícios’, na Construção, são aquelas com maior crescimento nos dois setores.

As Tecnologias de informação e comunicação registam uma taxa anual de crescimento de 8% desde 2012. Neste setor, a atividade de ‘informática’ é responsável por 95% do crescimento.

Face à década anterior, é o setor do Retalho que tem a maior queda na criação de novas empresas, com um recuo de 1,6%. Outros setores tradicionais acompanham esta queda, como a Agricultura, as Indústrias e o Retalho.

Mais pequenas e mais exportadoras

Ao longo da década, as novas empresas têm vindo a reduzir a sua dimensão, já que, em 2022, quase metade delas têm um capital social inferior a mil euros, uma percentagem que era de 33% em 2012. Também o número de empregados e faturação registou uma diminuição ao longo da década, ambos os indicadores com um recuo de 20%.

Mostram, pelo contrário, uma vocação exportadora maior. Em 2021, 10,3% das empresas exportaram logo no primeiro ano de atividade, percentagem que situava nos 9,5% em 2012. As Tecnologias de informação e comunicação assumem neste aspeto uma posição de relevo, representando quase um terço destas novas empresas exportadoras. As exportações representam uma parte cada vez maior no negócio destas empresas, passando de 50% em 2012 para os 63% em 2021.

O aumento expressivo da criação de empresas de cariz tecnológico, que mais do que duplica entre 2012 e 2022, é um dos fenómenos que contribui para a taxa de exportadoras entre as novas empresas, que está ao nível da média do tecido empresarial. Mantêm, além disso, um papel muito significativo em em áreas como o emprego pois, na última década, as empresas até aos 5 anos de idade foram responsáveis por 15% do emprego.

Crescimento e sobrevivência

As novas empresas registam um crescimento no volume de negócios bastante rápido, triplicando no final do segundo ano de vida. O ritmo do crescimento do emprego é mais lento, duplicando apenas ao final dos 4 anos de atividade.

Mais de metade das novas empresas na última década sobrevivem aos primeiros 5 anos de atividade, com 51% do total a conseguir atingir a idade adulta.

AM Lisboa ultrapassa o norte na criação de empresas

Em termos regionais, até 2016, a constituição de novas empresas era liderada pela região norte. A partir desse ano, a Área Metropolitana de Lisboa passou a ser, em todos os anos, a região com maior número na criação de empresas.

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