março 2024 Variação referente ao mês homólogo
Nascimentos
03916
-28,5%
Encerramentos
00530
-52,8%
Insolvências
00162
-9,6%

Criação de empresas cresceu 17% nos primeiros 7 meses do ano

Novas empresas do Retalho estão a diminuir há 5 meses consecutivos

Entre o início do ano e 31 de julho foram criadas em Portugal 28 989 novas empresas, o que representa um crescimento de 17% face ao mesmo período de 2021.

No entanto, no mês de julho a criação de empresas caiu quase 7% em relação a julho de 2021, com menos 236 constituições, quebrando um ciclo de crescimento que vinha desde outubro passado e que só tinha sido interrompido em abril. Esta descida no mês de julho está concentrada nas regiões do Norte e Centro, influenciando significativamente o decréscimo total.

Apesar da descida das constituições no mês de julho, transversal à maioria dos setores, os setores dos Transportes e Serviços Gerais mantém a tendência de subida já verificada nos meses anteriores. O setor dos transportes destaca-se pelo aumento das constituições de mais do dobro face a julho do ano passado, com 357 novas empresas (+127%).

Por outro lado, o setor do Retalho mantém o ciclo de decréscimos observados nos últimos 5 meses, com menos 98 constituições no mês de julho deste ano que julho do ano anterior. Este setor é assim um dos que mais contribuiu para o decréscimo total, representando 46% da descida.

No acumulado desde janeiro até julho de 2022, a maioria dos setores regista um aumento na constituição de empresas face a 2021, com maior destaque para os Transportes (+1228; +124%), Serviços Gerais (+936 constituições, +30%), Serviços Empresariais (+582 constituições, +13%); e Alojamento e Restauração (+551 constituições, +25%).

Os setores do Retalho (-13%) e Agricultura e outros recursos naturais (-1,6%) são os únicos setores que registam um decréscimo nos nascimentos neste período face a 2021. A descida no Retalho, transversal a quase todos os subsetores, foi maioritariamente influenciada pelas descidas do Retalho de Têxtil e Moda, Generalista e Outros (que inclui o retalho online que subiu as constituições de forma muito significativa durante a pandemia). Apenas o Retalho Automóvel e o Retalho Casa e materiais de construção sobem neste período de 2022 face ao período homólogo.

Quando comparado com o período pré-pandémico, o número de novas empresas desde janeiro de 2022 até julho 2022, mantêm-se abaixo na maioria dos setores de atividade, com a exceção das Tecnologias de Informação e Comunicação (+27%) e das Atividades Imobiliárias (+18%).

A subida das constituições no período de janeiro a julho deste ano é também transversal a todas as regiões, com destaque para a Área Metropolitana de Lisboa (+2 700 constituições, +31%).

Encerramentos e insolvências mantêm descida

Entre janeiro e julho de 2022, encerraram 6 815 empresas, menos 2,5% que no período homólogo, equivalente a uma descida de -178 encerramentos de empresas. A maioria dos setores de atividade registam valores de encerramento inferiores a 2021. Mas alguns setores apresentam subidas, como o Retalho (+89 encerramentos, +8,9%), Atividades Imobiliárias (+24 encerramentos, +5,2%) e Indústrias (+13 encerramentos, +2%).

No mesmo período, 962 empresas iniciaram um processo de insolvência, valor que representa uma descida de 21% face a 2021 (menos 257 novos processos), aumentando assim a descida ocorrida em 2021. Indústrias, Alojamento e restauração e Retalho são os setores com maior número de insolvências, mas são também aqueles em que este indicador mostra uma maior queda face ao período homólogo. O setor dos transportes tem também destaque por ser o único setor que regista um aumento no número de processos de insolência neste período (+16 processos; +31%).

Veja o Barómetro completo aqui.

Nota sobre insolvências:
Entidades com processos de insolvência iniciados no período considerado, com publicação no portal Citius do Ministério da Justiça. O Barómetro Informa D&B considera os processos de insolvência de pessoas coletivas. Este Barómetro não analisa os processos de insolvência de empresários em nome individual, de profissionais liberais, ou de particulares.