Nasceram 24 312 novas empresas até 31 de julho
Já há subsetores a ultrapassar os valores de 2019
Agricultura e outros recursos naturais e diversos subsetores das Atividades imobiliárias, Retalho e Transportes já ultrapassaram os valores de 2019 na criação de novas empresas, de acordo com o Barómetro da Informa D&B. Desde o início do ano e até 31 de julho, nasceram em Portugal um total de 24 312 novas empresas, um crescimento de 13,1% face ao mesmo período do ano passado. Este valor está ainda 23% abaixo do que foi registado em 2019, antes da pandemia de Covid-19. Mas depois de um ano muito afetado pela pandemia de Covid-19, o empreendedorismo mostra capacidade de adaptação, com subsetores a revelar mais dinamismo, alguns deles a ultrapassar mesmo os valores de 2019, ao mesmo tempo que noutras áreas a recuperação está ainda muito distante, designadamente as atividades relacionadas com o turismo. Retalho online à frente dos subsetores que já ultrapassam valores de 2019O retalho online registou a maior subida de novas empresas, com mais 184 novas empresas do que em 2019, a que corresponde um crescimento de 76% face a esse ano. Os valores do comércio online estarão relacionados com o que se passa nos Transportes, onde as novas empresas do subsetor das atividades postais e de courier superam em 31% os valores de 2019. Ainda no Retalho, o subsetor do têxtil e moda e do retalho generalista (sobretudo supermercados) registam crescimentos de 12,5% na constituição de novas empresas face 2019. O setor das Atividades imobiliárias está também quase aos níveis de 2019, com a criação de 2 688 novas empresas em 2021. Apesar dos valores gerais deste setor, é notória a grande quebra verificada em Lisboa, com menos 148 empresas (-13%) face a 2019. Subsetores ligados ao turismo são os mais penalizados no empreendedorismoAs atividades relacionadas com o turismo estão ainda muito longe dos valores de 2019. No Alojamento e restauração, todos os subsetores mostram esta quebra, com um valor total de menos 36% de novas empresas face a 2019. Nos Transportes, esta diferença é de -61%, devido ao transporte ocasional de passageiros. Nos Serviços gerais, os serviços turísticos mostram um recuo de 62,8% face a 2019, com o subsetor da saúde, desporto e bem-estar a recuar 33,2%. Encerramentos e insolvênciasEncerraram entre 1 de janeiro e 31 de julho 6 799 empresas, menos 5,0% que no período homólogo. Apenas os setores da Construção (+10,9%) e Grossistas (de Têxtil e Moda) (+7,7%) apresentam um crescimento mais significativo nos encerramentos. No mesmo período, 1 216 empresas iniciaram um processo de insolvência, o que corresponde a um recuo de -12,6% face ao período homólogo (menos 175 casos). Os números de encerramentos e insolvências deverão ser entendidos à luz das medidas de apoio que o Estado português colocou à disposição das empresas e, por outro lado, ao facto de estes processos serem normalmente demorados e, no caso das insolvências, envolverem os tribunais, cuja atividade foi afetada durante a pandemia. Nota sobre insolvências: Entidades com processos de insolvência iniciados no período considerado, com publicação no portal Citius do Ministério da Justiça. O Barómetro Informa D&B considera os processos de insolvência de pessoas coletivas. Este Barómetro não analisa os processos de insolvência de empresários em nome individual, de profissionais liberais, ou de particulares. |