Foram criadas 17.767 novas empresas, mais 15% que em 2020
Desde o início do ano foram criadas 17 767 novas empresas, um crescimento de 15% face ao mesmo período do ano passado. A queda na constituição de empresas verificada em 2020 atingiu todos os setores, mas alguns deles de forma bastante mais acentuada. A recuperação que se regista nos primeiros 5 meses de 2021 está também a ser feita a diferentes velocidades. O Retalho tem o maior crescimento percentual em relação a 2020, com uma subida de 44%. Especialmente responsáveis pelas 2 415 novas empresas deste setor (mais 737 que em 2020) é o subsetor do ‘têxtil e moda’ e ainda as empresas de retalho via internet. As Atividades imobiliárias e a Construção mostram também um especial dinamismo, com subidas de 36% (mais 497 constituições) e de 23% (mais 398 constituições), respetivamente. Em sentido oposto, o setor dos Transportes é o que regista a maior queda em novas empresas face ao período homólogo, com menos 489 constituições, que corresponde a um recuo de 41%. No entanto, enquanto o subsetor do ‘transporte ocasional de passageiros em veículos ligeiros’ é o que tem a maior queda, o subsetor das ‘atividades de distribuição e logística’ mais do que duplica o nascimento de novas empresas nos primeiros 5 meses de 2021. Mais empresas em todas as regiões Todas as regiões registam um crescimento na criação de novas empresas face ao período homólogo. Em número absoluto de novas empresas, a Área Metropolitana de Lisboa é aquela onde há maior número de constituições em 2021. Mas é a mesma região, em conjunto com o Algarve, que regista também o menor crescimento. O crescimento atinge os valores superiores nas regiões da Madeira, Norte e Alentejo. Insolvências e encerramentos Até 31 de maio, 957 empresas iniciaram um processo de insolvência, menos 65 casos que no período homólogo (- 6,4%). O setor do Alojamento e Restauração (em especial o subsetor da ‘restauração’), é o único que regista um crescimento nas insolvências face a 2020, com mais 47 casos (45%). As Indústrias, que é o setor com mais processos de insolvência em termos absolutos, que ocorre a queda mais acentuada (- 33%, – 91 casos), um fenómeno particularmente visível no no subsetor ‘têxtil e moda’ e na região norte. No mesmo período, encerraram 5 011 empresas, um valor muito semelhante ao de 2020, mas abaixo dos anos anteriores. Encerramentos e insolvências deverão ser interpretados à luz dos apoios do governo e das instituições europeias para mitigar as consequências das medidas de contenção da pandemia na economia e no tecido empresarial. Muitos dos impactos poderão estar suspensos ou atenuados pela existência destas medidas. Ver o Barómetro completo aqui. Nota sobre insolvências |