março 2024 Variação referente ao mês homólogo
Nascimentos
03916
-28,5%
Encerramentos
00530
-52,8%
Insolvências
00162
-9,6%

Nascimento de empresas cai 29% na primeira quinzena de janeiro e 56% na segunda

Novo confinamento provoca recuo imediato na criação de novas empresas

Em janeiro de 2021 nasceram em Portugal 3 141 novas empresas, menos 43% do que em janeiro de 2020.

Há no entanto uma diferença entre a primeira e a segunda quinzena de janeiro, com o início do novo confinamento, mostrando a sensibilidade deste indicador às medidas mais restritivas decretadas para combater a pandemia de Covid-19.

Na primeira quinzena de janeiro a redução na criação de novas empresas foi de -29%, valor que caiu ainda mais para os -56% na segunda quinzena, um comportamento semelhante ao que se verificou no primeiro confinamento geral, em março e abril de 2020.

Por outro lado, os números da segunda quinzena de janeiro parecem também indicar que existe uma relativa adaptação do empreendedorismo à situação de pandemia, pois apesar da nova queda ela já não foi tão acentuada como a que se verificou no primeiro confinamento geral.

Os últimos 12 meses mostram que a criação de empresas anda a par das medidas restritivas, sendo mais afetada quanto mais severas são estas medidas. Este indicador caiu a pique quando foi decretado o primeiro Estado de Emergência e o primeiro confinamento, com uma redução de 78% na criação de empresas na segunda quinzena de março, uma baixa que se manteve durante o mês de abril. Em maio e junho, o alívio nas restrições provocou um aumento nas novas empresas e, no verão, andou muito perto dos valores registados em 2019. Após um ligeiro recuo no outono com novas restrições, voltou a cair no início do ano, especialmente na segunda quinzena de janeiro, exatamente após a declaração do 2º confinamento e das restrições mais apertadas.

A queda na criação de novas empresas em janeiro é transversal a todos os setores de atividade e regiões, mas é mais expressiva nos distritos do litoral, em especial em Lisboa, região que é responsável por quase metade da descida total.

Os números de insolvências têm-se revelado muito instáveis e podem não corresponder a uma leitura muito clara da situação de muitas empresas, devendo ser entendidos à luz das medidas de apoio que o Estado português colocou à disposição das empresas e, por outro lado, ao facto de estes processos serem normalmente demorados e envolverem os tribunais, cuja atividade está também afetada por este novo confinamento.

Em janeiro de 2021, 187 empresas iniciaram um processo de insolvência, menos 30 casos (-14%) que no período homólogo.